Como tornar a sua cadeia de abastecimento mais resiliente?

Publicado a 28 Janeiro 2022

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Maia
Mário
Sales Manager @ Generix Group Portugal
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Supply Chain

A pandemia expôs algumas das fragilidades logísticas globais. Para responder aos desafios, as empresas deverão apostar em soluções tecnológicas e na formação das suas equipas. O objetivo: tornar a cadeia de abastecimento mais resiliente.

A frase “nada será como dantes” tornou-se num lugar-comum para descrever o impacto transformador que a Covid-19 exerceu na vida da maioria das empresas.
A crise sanitária conduziu a uma série de disrupções na cadeia de abastecimento global – algumas das quais ainda se mantêm nos dias de hoje –, tornando visíveis algumas fragilidades. Tal obrigou as empresas a repensar os seus processos e a adaptar modelos de negócio.

Este cenário de transformação não deve ser encarado, contudo, como uma situação pontual. De acordo com a Gartner, a disrupção é uma tendência de longo prazo e que vai acelerar à medida que enfrentamos novos desafios, como o impacto das alterações climáticas e as mudanças geopolíticas: “No futuro, as disrupções vão acontecer com maior frequência e as cadeias de abastecimento terão de ser capazes de fazer face [aos eventos inesperados] que aparecerem”, antecipou, a propósito, o Senior Research Director da Gartner para a área de Supply Chain, Simon Baley.

Perante este panorama, como podem as empresas tornar as suas cadeias de abastecimento mais resilientes face aos riscos futuros? A resposta a este grande desafio passará, definitivamente, por dois vetores: tecnologia e formação contínua das equipas.

Conhecer os riscos na cadeia de abastecimento

As cadeias de abastecimento enfrentaram, nos últimos dois anos, profundas alterações. Os sucessivos lockdowns levaram a uma quebra da produção industrial, a um abrandamento do comércio internacional e também a uma redução dos empregos das cadeias de abastecimentos globais ligadas à produção.

Em paralelo, os armadores retiraram navios de circulação e os contentores utilizados no transporte marítimo de mercadorias – que representa 77% do comércio externo europeu – ficaram parqueados, sem serem reposicionados nos seus locais de origem. Como consequência, os preços dos fretes marítimos subiram vertiginosamente e algumas indústrias debatem-se ainda com problemas de acesso a produtos e matérias-primas essenciais para a sua atividade. Além da falta de contentores, muitas economias enfrentam também um elevado congestionamento dos portos, devido à escassez de trabalhadores portuários e de camionistas.

Acresce outra dimensão: a aceleração do comércio eletrónico, intensificada durante a pandemia. Os consumidores são hoje mais exigentes: esperam entregas mais rápidas e a preços reduzidos – mudanças que colocam uma pressão acrescida na logística, sobretudo no last mile.

Estes desafios logísticos impõem às empresas novas estratégias de resiliência, de forma que, além de controlar os riscos operacionais, possam melhorar a performance, diminuir custos, melhorar níveis de serviço e ganhar a tão necessária flexibilidade para fazer face a eventos inesperados – como picos imprevistos de procura ou falhas de fornecedores.

Tecnologia como fator de mudança

A evolução tecnológica permite hoje, de forma acessível a qualquer organização, implementar ferramentas de apoio a uma gestão logística integrada, minimizando os riscos existentes com elevados níveis de automatismo, eficiência e visibilidade ao longo de toda a cadeia de abastecimento. Perante o contexto desafiante que atravessamos, esta digitalização é indissociável de uma cadeia de abastecimento resiliente, reduzindo custos e reforçando a previsibilidade e flexibilidade face à incerteza.

Da otimização de recursos em armazém ao rastreamento rigoroso de encomendas até ao destinatário final; do recurso a analytics para identificar fragilidades ao longo da cadeia de abastecimento até ao rápido ajuste de operações face a interrupções pontuais – são muitos os benefícios da adoção destas ferramentas. No geral, as empresas ganham eficiência operacional e rapidez de entrega, com melhoria dos níveis de satisfação dos clientes, visibilidade total das operações, redução de erros e diminuição de custos.

Destacam-se, dentro do leque de soluções tecnológicas:

Formação continua das equipas e procura de novos perfis de colaboradores

A tecnologia tem um papel cada vez mais relevante no funcionamento das cadeias de abastecimento. Ainda assim, o elemento humano continua a desempenhar um papel fundamental: a tendência a que estamos a assistir passa por automatizar as tarefas mais monótonas e repetitivas para focar os recursos humanos em tarefas que requeiram valor acrescentado.

Para isso, torna-se imperativo que as empresas invistam na formação das suas equipas, adaptando as suas competências a esta nova era de crescente digitalização da Supply Chain. Só assim é possível concretizar o potencial da tecnologia no desempenho logístico. Ao contrário do que poderia ser verdade há uns anos, este processo de adaptação não é demasiado complexo, nem exige recrutamento especializado. As ferramentas evoluíram, sendo hoje mais intuitivas e fáceis de utilizar, e as próprias equipas estão mais familiarizadas com o mundo digital (até pelo uso da tecnologia no dia a dia).

Tecnologia e experiência. Transformação digital e predição. Automatismos e valorização dos recursos humanos. Vivemos tempos extraordinariamente desafiantes, mas que sejam estas as bases de mudança, as bases de resiliência de cada organização na otimização da cadeia de abastecimento. A superação disso depende.

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