Como organizar um armazém: passos e melhores práticas

Publicado a 23 Fevereiro 2024

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Armazém

O armazém é um elo essencial da Supply Chain: permite a receção dos produtos para utilização ou expedição. A sua organização e dimensão devem ser adaptadas ao volume das operações de movimentação a efetuar. Uma vez definidas as necessidades da empresa, o sistema de armazenagem dependerá do tipo de produtos a armazenar. A utilização de ferramentas específicas, dedicadas ao tipo de negócio, permite otimizar a gestão dos fluxos de receção e expedição, garantindo a segurança dos colaboradores e da carga. Neste artigo explicamos-lhe a importância de organizar um armazém para otimizar o espaço e aumentar a produtividade operacional.

1. Passos para a organização de um armazém

Analisar as necessidades de negócio

São as necessidades do negócio que determinam o tipo de armazém a utilizar. Uma análise rigorosa permite analisar todos os elementos do futuro funcionamento do local. Será necessário considerar o volume de produtos a armazenar por unidade de movimentação e o equipamento do local em termos de mecanização e equipamentos pesados. Que tipo de embalagem vai ser utilizada? Paletes, volumes soltos, comprimentos, máquinas ou volumes indivisíveis? Que equipamentos de movimentação serão utilizados? Quais são as necessidades de armazenamento? Temperatura ambiente ou controlada? Serão necessárias câmaras frigoríficas? Serão armazenadas matérias perigosas? E, finalmente, com que frequência será realizada a rotação dos produtos? Quantas receções/saídas por dia? Quantos cais de carga serão necessários? Quantos camiões estarão no parque logístico ao mesmo tempo?

Desenhar o layout do armazém

Os armazéns incluem zonas de armazenagem, corredores de circulação, zonas de preparação de encomendas, zonas de triagem e zonas de expedição. Determinar a disposição de cada uma destas áreas é crucial para o sucesso das operações logísticas. Armazenamento em prateleiras ou no chão? A que altura ou a que distância do solo? Eis os fatores-chave. A fluidez e a capacidade de resposta constituem a base da gestão do fluxo de mercadorias, assim como a otimização da superfície disponível, graças a um plano de armazém logístico bem concebido.

Definir os procedimentos

Para que a gestão do armazém seja eficiente, é necessário seguir à risca procedimentos rigorosos. As áreas de trabalho devem ser posicionadas de acordo com uma sequência lógica de tarefas, para garantir a fluidez dos movimentos. Uma vez definidas estas zonas, é altura de escolher os equipamentos que vão garantir um funcionamento otimizado: tipos de empilhadores, porta-paletes, tapetes rolantes, etc. O exterior também terá de ser estudado, com niveladores de cais, sistemas de bloqueio de rodas, zonas de viragem, etc., por exemplo. Por último, os processos vão reger a atividade para definir a forma como as tarefas devem ser executadas. A formação dos colaboradores constitui um fator determinante.

 

2. Tipos de organização de armazéns

Organização por produto

Consiste em agrupar artigos semelhantes de acordo com um critério definido nas mesmas áreas de armazenamento. O objetivo é facilitar a localização e acelerar as operações de picking. Também ajuda a reduzir o risco de erros causados pela mistura de produtos.

Organização por zona

O armazém pode ser organizado por áreas de trabalho, cada uma dedicada a uma tarefa específica: receção, expedição, triagem, separação de encomendas, etc. No entanto, podem também ser reservadas áreas de armazenamento específicas para processos específicos. Esta abordagem favorece uma gestão extremamente metódica com uma excelente rastreabilidade das operações. 

Organização por fluxo

Aqui, os produtos são armazenados de acordo com a sua frequência de rotação. O método FIFO (First-In First-Out) é geralmente aplicado. Por outras palavras, o produto mais antigo em stock deve ser o primeiro a ser retirado. Os produtos mais vendidos são geralmente armazenados nas prateleiras mais acessíveis. Esta organização permite acelerar o picking e reduzir os custos de armazenamento.

 

3. Ferramentas de gestão do armazém

Gestão de stocks

Uma gestão de stocks diária eficiente é um grande desafio no armazém. Entre as ferramentas disponíveis para o ajudar a gerir o seu armazém, o WMS (Warehouse Management System) oferece a gama mais completa de funcionalidades. É a melhor solução para informatizar a gestão dos stocks. Entre as suas numerosas funcionalidades, permite-lhe controlar em tempo real os níveis de cada produto, organizar a sua armazenagem através de slots, efetuar automaticamente o aprovisionamento e reduzir o risco de erros resultantes da intervenção humana.

Picking e preparação de encomendas

O picking consiste na ação de recolher os produtos que compõem uma encomenda de um cliente. Cada artigo é levado para a área de preparação, onde é consolidado numa única encomenda. As encomendas concluídas passam à zona de triagem e, em seguida, à zona de expedição, consoante o respetivo destino. O picking pode ser manual ou robotizado, tal como a preparação das encomendas, e programado através de uma solução WMS.

Automatização do armazém

Para melhorar a eficiência operacional, é possível automatizar a totalidade ou parte do armazém. Robôs, transportadores automáticos, sistemas de paletização automática, estantes dinâmicas e transelevadores podem ser utilizados para acelerar os processos e melhorar a produtividade do armazém.

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