A conceituação do VMI e as peculiaridades para a adoção do sistema

Publicado em 19 Novembro 2020

conceito-vmi
ramon-ferreira
Ramon
Ferreira
Responsável Comercial da Generix Group Brazil
Categorias
VMI

Sinergia é uma palavra bastante utilizada no mundo corporativo. Ainda mais, e isso ocorre em diversas ocasiões, quando as tarefas são complementares e dependem umas das outras. Para a perfeita gestão das atividades e ações é fundamental aplicar sistemas robustos que suportem as demandas e identifiquem de imediato as incorreções para a pronta resposta.

O Vendor Management Inventory (VMI) é uma destas ferramentas. A solução nasceu para criar a citada sinergia entre fornecedores e varejistas e tem como objetivo trazer o equilíbrio entre a armazenagem e consumo de produtos. Em linhas gerais, com o VMI o fornecedor tem acesso a dados relativos à movimentação do estoque do estabelecimento e assume, ele próprio, o compromisso sobre os reabastecimentos.

Além disso, a partir da análise e do acompanhamento desses indicadores, fornecedor e varejista estipulam juntos o nível de estoque mais indicado. Vale lembrar que essas previsões são feitas com base em algumas referências da cadeia de suprimentos, como histórico de vendas, vendas atuais, tendências e até mesmo sazonalidade.

O VMI pode, e deve, ser aplicado em fornecedores que desejam aumentar o seu nível de serviço, seu faturamento e margem. Mais do que isso, a ferramenta pode garantir a otimização do armazém graças à diminuição dos níveis de estoque, à maximização do tempo empregado e à dedicação às atividades estratégicas.

Hoje, o Vendor Management Inventory é bastante utilizado pelo setor varejista, já que com ele os fornecedores conseguem verificar em tempo real a quantidade de cada produto que deve ser fornecida para cada loja, evitando, também, que não haja ruptura ou tampouco estoque superdimensionado.

Vale ressaltar, porém, que existem inúmeras operações que demandam a aplicação do VMI, sendo condição indispensável que existam fornecedores ou fábricas na cadeia de suprimentos.

Equipes ordenadas para a correta e eficaz aplicação do sistema

O gerenciamento do VMI dentro de uma companhia depende de uma série de fatores e decisões, mas, acima de tudo, da visão estratégica dos gestores das organizações envolvidas – fornecedor e cliente –, que devem considerá-lo uma ferramenta decisiva para o crescimento saudável do negócio.

A introdução no dia a dia das empresas envolve um time multidisciplinar, composto pelos gestores de armazém e estoque, profissionais de TI e de projetos, focados e fomentando a troca de saberes.

A pluralidade de especialistas contribui para a análise dos diferentes fatores que necessariamente são apurados durante o processo de aplicação do sistema. Para facilitar o entendimento, listamos aqueles que merecem um pouco mais de atenção:

  • Verifique de quem é a responsabilidade das ordens de compra e do nível de estoque dentro do VMI;

  • Caso não haja responsáveis, desenvolva sistemas que sirvam ao varejista e ao fornecedor;

  • Utilize técnicas de previsão de vendas, que no VMI da Generix já estão englobadas no sistema;

  • Dependendo da natureza da cooperação, atente-se a quem irá transportar as mercadorias.

 

Para cumprir as tarefas, engaje a equipe. Para isso, nomeie um gerente de projetos que certifique e garanta que as entregas estarão no prazo, minimizando retrabalhos ou ações desnecessárias no decorrer da aplicação do VMI.

Treinamento e conhecimentos específicos na resolução das intercorrências

E se gargalos surgirem, que na realização de um projeto sempre pode acontecer? Parece estranho dizer, mas incorreções são normais e podemos citar como principais a possibilidade de acréscimo de custos pela necessidade de avançadas tecnologias, o comportamento dos retalhistas, que ainda recorrerem a processos em sistemas de ERP/MRP em situações de reposições de estoque mais complexas, e a não definição de responsabilidades dentro do processo e na utilização do sistema.

Para minimizá-los é necessário que os envolvidos na aplicação da ferramenta possuam sistemas para troca EDI, evitando custos que não englobam o projeto principal. Além disso, deve-se ficar atendo ao VMI que será contratado, que deverá possuir a tecnologia de previsão de vendas a partir de análises de dados passados.

Por fim, para que não haja gaps processuais e equívocos de tarefas, cada colaborador envolvido no planejamento e introdução do Vendor Management Inventory deve ser treinado e munido com conhecimentos específico sobre a sua função dentro do processo.

Plataforma colaborativa na pontual gestão dos processos

O VMI é um sistema capaz de reabastecer estoques e prever vendas para que os envolvidos numa negociação não tenham rupturas ou perda de vendas. Para isso, é necessária a troca de EDIs para que os sistemas de ERP enviem interfaces com vendas e posições de estoque de cada loja ou rede varejista, por exemplo.

Podemos dizer, então, que para a correta utilização e que seja possível tirar o melhor do sistema VMI ele precisa operar em conjunto com outras ferramentas, como ERPs e EDIs. Aqui, ofertamos o Tradex, sistema de tradução e troca de EDI (interfaces) que garante a comunicação e integração entre diferentes sistemas, sejam eles B2B ou B2C.

Como resumo, reforçamos que o VMI é um sistema capaz de aumentar consideravelmente os níveis de serviço do fornecedor em relação aos seus clientes. Para isso, esteja atento aos gargalos e as formas de minimizar estas questões.

No próximo artigo falaremos de que maneira um sistema VMI operando sob os melhores parâmetros pode alavancar múltiplos resultados nas companhias. Não deixe de conferir.

Recursos
Show less resources
Mostrar todos os recursos