Covid-19: Soluções logísticas para responder ao crescimento e-commerce

Publicado a 4 Maio 2020

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Ducellier
Philippe
CEO Generix Group Espanha
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Como observou recentemente o historiador e escritor israelita Yuval Harari (autor dos aplaudidos Sapiens e Homo Deus), "a natureza das emergências [é que] aceleram os processos históricos". "Muitas medidas de curto prazo tomadas durante a emergência tornar-se-ão parte integrante da vida"

Consolidação do e-commerce

A recuperação da normalidade será lenta e gradual, o que facilitará a consolidação do e-commerce.

Não vamos apagar as nossas novas contas de utilizador após o vírus. Claro que não. Pelo contrário, vamos manter as novas contas de e-commerce que criámos e, possivelmente, abriremos outras para poder comparar. É óbvio que não serão apagadas por aqueles que perceberam que comprar sem sair de casa era uma boa ideia, mas possivelmente também não serão canceladas por aqueles que fizeram uma única compra ou mesmo nenhuma, retraídos no último minuto por atrasos nas entregas, durante estas semanas especiais.

Parece ser o caso do e-commerce, cujos números dispararam durante a fase de confinamento e que também não irá terminar repentinamente, mas sim com uma recuperação gradual da normalidade, o que significa mais tempo em casa e menos tempo na rua. Mais oportunidades para testar novamente a conta de utilizador recém-criada e uma boa oportunidade para receber as encomendas, desta vez com maior rapidez.

Segundo Jorge Sena, Partner, Head of Commercial (Offices, Retail and Logistics) da Knight Frank, a crise do Covid-19 “Mudará definitivamente o relacionamento com as lojas físicas, o que terá um impacto nos retalhistas e proprietários, e, sem dúvida, sobre a logística relacionada com estas atividades". Sena estima que "se antes da pandemia em Espanha 5% das vendas eram realizadas através do e-commerce, muito provavelmente depois se irão fixar em valores próximos dos 10% ".

Não seria estranho se todos os países aumentassem os seus números do e-commerce

A incerteza ainda é grande. Nada nos garante que o crescimento do comércio eletrónico não atinja números como os 17% no Reino Unido ou os 15% das vendas on-line na Alemanha antes da pandemia. Não seria estranho, de facto, se todos os países aumentassem estes números. A verdade é que mesmo as empresas de bens de grande consumo, habituadas aos canais de distribuição tradicionais, agora também disponibilizam os seus produtos para venda on-line, desde fabricantes de sumos e caldos a grandes fabricantes de cerveja.

Soluções logísticas para responder ao crescimento do e-commerce

Se esta mudança for consolidada, e tudo indica que sim, muitas empresas de produção terão de adotar novas ferramentas de gestão de logística, para que possam responder a um mercado completamente independente do canal de distribuição tradicional que conheciam até agora. Para dar um exemplo claro: a gestão dos armazéns deve ser totalmente revista para poder dar resposta a uma preparação detalhada de pedidos e habituada a prazos de entrega muito ágeis, possibilidade de logística inversa e toda uma série de características que devem coexistir com a clássica preparação paletizada e que, sem dúvida, incentivará muitos a evoluir a gestão dos seus armazéns para soluções avançadas de WMS (Warehouse Management System).

Como se isto não chegasse, a recuperação da normalidade ameaça ser lenta e, mesmo que volte ao que entendemos por normalidade antes do coronavírus, haverá um período de recuperação relativamente longo, durante o qual as empresas continuarão a vender, mas só conseguirão fazê-lo se tiverem ferramentas adequadas para atender e servir o ambiente muito complexo das compras on-line com entregas ao domicílio.

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