Os 4 principais impactos do 5G na supply chain

Publicado em 11 Maio 2022

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Generix Group
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A crise sanitária e económica não poupou a supply chain, confrontando o setor em particular com um aumento de atividade sem precedentes. Para lidar com isso, a logística poderá contar com um forte aliado: o 5G. Muito mais rápido do que seu antecessor, a tecnologia provavelmente reinventará as práticas em um futuro próximo.

Implantado gradualmente no Brasil, o 5G faz uma promessa: garantir uma velocidade até 10 vezes mais rápida que a do 4G. Embora não constitua um avanço tecnológico, melhorará consideravelmente o desempenho das redes móveis, seja em termos de imediatismo, confiabilidade ou mesmo capacidade de resposta, ao mesmo tempo em que possibilitará aumentar o número de objetos conectados. Redes móveis que, por sua vez, são utilizadas por muitos setores, incluindo a logística.

Somente para o mundo do varejo e da supply chain, o 5G permitirá principalmente coletar mais dados, acelerar a análise de dados e promover a tomada de decisões, principalmente com base em soluções de inteligência artificial. Resultado? Ainda mais do que qualquer outro desenvolvimento tecnológico, o 5G “constitui uma oportunidade para criar novos serviços e tornar as soluções existentes mais eficientes”, como explicou Isabelle Badoc, Diretora de Marketing de Produto da Generix Group, durante o Orange 5G Lab em Lille, na França.

Aqui está uma revisão de 4 impactos concretos.
 

1. Maior automação

Atualmente, ainda que a presença humana seja imprescindível, parte da atividade logística é automatizada ou robotizada, com ou sem intervenção externa. Isto é especialmente verdadeiro para a separação de pedidos. No entanto, em caso de falhas, o tempo necessário para intervir – geralmente remotamente – corre o risco de penalizar toda a cadeia.

Graças às suas velocidades mais altas, o 5G reduzirá antes de tudo a latência. Um operador, localizado fora do site, será de fato alertado sobre o problema mais rapidamente e poderá reagir em um período de tempo mais curto. Aliada a uma solução de inteligência artificial, a tecnologia pode até garantir intervenções automáticas, limitando consideravelmente o tempo de inatividade. Uma oportunidade que pode até incentivar os players da supply chain a automatizar mais partes de sua atividade.

 

2. Maior precisão na rastreabilidade

A implantação do 5G também proporcionará melhor visibilidade de ponta a ponta da supply chain. Graças a um feedback mais rápido e preciso das informações, a tecnologia permitirá, em particular, acompanhar e otimizar melhor a rota dos produtos. Como destaca Isabelle Badoc, é possível melhorar “o desempenho geral, se cada elo da cadeia for capaz de receber informações das demais cadeias que lhe interessam”. Por exemplo, será possível adaptar a atividade de uma doca de carga em tempo real de acordo com a hora exata de chegada de diferentes caminhões.

Além de melhorar um serviço já existente, o 5G também pode possibilitar a invenção de novas funcionalidades a serviço da rastreabilidade. Ao melhorar o desempenho de soluções de mineração de dados e mineração de vídeo, por exemplo, a tecnologia pode ser usada para saber exatamente, com suporte de vídeo, o que aconteceu com uma encomenda em um determinado momento. Uma forma de otimizar ainda mais o rastreamento de produtos e a satisfação do cliente, sem ficar limitado pelas restrições técnicas da rede móvel.

 

3. A invenção de novos padrões de entrega

Como começa a acontecer em particular no mercado Rungis na França, o setor de logística está desenvolvendo cada vez mais soluções de entrega remota, principalmente por drone. No entanto, essas ferramentas devem ser obrigatoriamente controladas por humanos e requerem uma rede de comunicação de alto desempenho. Nessa área, o 5G poderá melhorar o streaming de vídeo e o feedback tátil (alerta tátil), simplificando o controle remoto. Até 2025, é possível até mesmo vislumbrar a democratização das entregas por drones nos centros das cidades graças a esse novo avanço tecnológico.

Eventualmente, a entrega de última milha pode até ser completamente autônoma, em parte graças à contribuição do 5G. Assim como alguns países asiáticos como a Coréia, os consumidores podem ser atendidos por robôs autônomos, capazes de se orientar e se movimentar graças à tecnologia de inteligência artificial baseada em dados fornecidos pela rede móvel. Isso automatizaria e robotizaria um novo elo na supply chain, melhorando a satisfação do cliente (entrega mais rápida, menos erros, etc.).

 

4. Otimização do trabalho dos recursos humanos

É certo que o 5G reinventará os usos digitais dos players de logística. No entanto, não devemos esquecer que “a tecnologia também deve estar a serviço dos recursos humanos”, como nos lembrou Isabelle Badoc. Neste sentido, o 5G permitirá otimizar uma ferramenta já presente no armazém: vídeos de digital learning, disponíveis via Smartphone e permitindo aos operadores aprender e seguir melhor as instruções, nomeadamente para a preparação de pedidos.

De maneira mais geral, o 5G melhorará todas as facetas do aprendizado e suporte dos colaboradores, principalmente por meio da democratização de dispositivos mais eficientes e inteligentes. Além dos óculos conectados, permitindo que um especialista analise e oriente o operador em suas tarefas, o futuro poderá – por exemplo – ver o surgimento de soluções de visão computacional, capazes de apoiar os operadores em tempo real em suas ações e tomadas de decisão.