6 mitos e factos sobre software de gestão logística (que precisa mesmo de saber)

Publicado a 14 Novembro 2023

software de gestão logística
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Supply Chain

A evolução tecnológica tem transformado as operações da cadeia de distribuição rumo a uma maior automatização, rastreabilidade e inteligência. Um pouco por todo o mundo, pequenas, médias e grandes empresas beneficiam de processos agilizados, que têm impacto do armazém ao last-mile, envolvendo operadores, colaboradores, parceiros e clientes. O catalisador dessa transformação? O software de gestão logística - a peça tecnológica central para o setor.

Apesar da sua importância na digitalização e modernização da Supply Chain, a verdade é que subsistem alguns mitos e dúvidas sobre o software de logística e o seu potencial. São soluções realmente indispensáveis? A quem se destinam? Com que nível de inovação? Saiba tudo nestes seis mitos e factos sobre software de gestão logística.

1. As empresas que já têm uma solução de gestão transversal não precisam de um software de gestão logística

[MITO] Tem um sistema de gestão transversal na sua empresa, que utiliza para integrar todos os processos e áreas como recursos humanos, finanças, vendas e cadeia logística. Por isso hesita: será que basta uma solução assim ou valerá a pena investir num software de gestão logística? A principal diferença entre um software de gestão e um software de gestão logística diz respeito às especificidades deste último. Uma solução de logística é desenhada exclusivamente para a Supply Chain e, por isso, tem ferramentas e funcionalidades especializadas na gestão de armazém, transporte e distribuição. Aqui encontra um leque extenso de tecnologias para as várias etapas da cadeia, como gestão de encomendas, gestão de transporte, otimização de rotas, planeamento e projeção de operações, interligação com equipamento no armazém (robôs, por exemplo), entre muitas outras possibilidades de gestão, controlo e automatização.

O software de gestão, dando uma resposta mais “universal” a todo o tipo de empresas, está longe de oferecer o mesmo nível de especificidade – nem é esse o seu propósito. Seria o mesmo que equiparar uma roupa de tamanho único, vendida numa grande superfície, ao trabalho de precisão feito por um alfaiate. Tal não significa, no entanto, que tenha de escolher entre uma ou outra opção. Muitas organizações da Supply Chain complementam soluções transversais de gestão e software logístico, de forma integrada, para processos de logística ainda mais eficientes e integrados com todos os outros departamentos.

 

2. Este tipo de soluções só servem para a gestão de armazém

[MITO] O software de gestão logística é um conceito genérico aplicado a soluções desenvolvidas, especificamente, para otimizar e automatizar as várias etapas da cadeia de distribuição. Neste conceito incluem-se as ferramentas para a gestão de encomendas e armazém, mas há muitas outras soluções ao longo da cadeia, vocacionadas para áreas como a gestão de cargas e descargas de armazém, gestão de transporte e otimização de rotas.
De forma geral, podemos ter diferentes tipos de soluções dentro do software de gestão logística, de acordo com a área específica da Supply Chain a que dão resposta:

  • Software de gestão de encomendas (OMS)  tipo de software focado na gestão e controlo das encomendas dos clientes, desde a entrada do pedido (em qualquer canal de venda) até à entrega. Pode ser integrado com outros sistemas, como faturação e gestão de relações com o cliente (CRM). 
  • Software de gestão de armazém (WMS) tipo de solução para a gestão de operações logísticas num armazém ou centro de distribuição, contribuindo para agilizar tarefas diárias de recebimento, armazenamento, gestão de stocks, picking, embalagem e expedição.
  • Software de gestão de recursos no armazém (RMS) tipo de solução utilizada para gerir, de forma integrada e rastreável, todos os recursos disponíveis no armazém, incluindo recursos humanos, equipamentos, materiais e tempo, entre outros.
  • Software de gestão do parque de armazém (YMS) dedicada ao pequeno, mas crítico, elo da Supply Chain que liga o armazém ao transporte, o YMS é um tipo de solução que permite otimizar a gestão do parque de cargas e descargas do armazém, planeando atividades de armazenamento e expedição e sincronizando-as com as necessidades dos transportadores.
  • Software de gestão de transportes (TMS) tipo de solução para a gestão de transportes, dentro da cadeia logística, desenhada para otimizar recursos materiais e recursos humanos. Inclui ferramentas de otimização de rotas e entregas, agendamento e faturação de transporte, por exemplo.

3. O software de gestão logística não reduz os custos operacionais

[MITO] Os automatismos, integrações e visibilidade trazidos pelo software de gestão logística traduzem-se em menos custos efetivos para as organizações, no dia a dia das operações. A redução de custos operacionais resulta, precisamente, da otimização de todas etapas, pensadas para um desempenho cada vez mais afinado e eficiente das várias tarefas, mas também da cadeia logística, no seu todo.

Pensemos em alguns exemplos práticos. Questões como a otimização de rotas, por exemplo, permitem um maior número de entregas com menos custos de combustível. Ou, no armazém, a maior visibilidade e previsibilidade de encomendas e stock evita mercadorias esquecidas, encomendas de matérias-primas desnecessárias ou demoras na entrega de encomendas (que podem prejudicar o cash-flow). E a digitalização de grande parte dos processos resulta também em menos custos com papel e outros consumíveis.

4. O software de logística gera ganhos de competitividade

[FACTO] Com a evolução do setor e práticas logísticas, a diferenciação de mercado é essencial para players à escala local, nacional e mundial. Ao implementar um software de gestão logística, as organizações podem alavancar os seus processos e avançar rumo a uma maior competitividade e diferenciação sustentável.

Estes ganhos de diferenciação têm três alicerces diferentes:

  • Por um lado, a questão dos custos: ao otimizar e automatizar processos logísticos, as empresas reduzem custos operacionais e ganham competitividade no fator preço.
  • Em segundo lugar, há ganhos de competitividade no valor percebido do serviço e na experiência do cliente: com maior controlo e eficiência do processamento e expedição de encomendas, os pedidos chegam ao destinatário mais rápido, sem erros e com qualidade.
  • Por fim, é também fundamental olhar para a sustentabilidade. As soluções de logística minimizam o impacto ambiental das organizações, reduzindo o desperdício e os gastos com consumíveis. A sustentabilidade tem impacto na redução de custos, mas também na reputação das empresas e na sua competitividade a longo prazo, numa lógica de economia verde e circular.

5. É só para empresas de logística

[MITO] Outro mito comum é o de que o software de gestão logística é desenvolvido e traz vantagens apenas para empresas especializadas em transporte e logística. Estas são, realmente, organizações que têm muito a ganhar com a implementação de processos mais ágeis e inteligentes, mas não são as únicas a que estas soluções se destinam.

Muitas das ferramentas que fazem parte do software de gestão logística adequam-se a empresas de vários setores que optam por internalizar as atividades de armazém e/ou transporte nas suas operações.

6. A logística é um setor pouco inovador

[MITO] Os grandes armazéns e as frotas de camiões podem dar a entender, a quem está de fora, que a Supply Chain pouco mudou ao longo das décadas. Nada mais enganador. Dentro dos armazéns ou nos smartphones e tablets dos operadores de camiões, a inovação acontece, como uma teia invisível que torna cada operação mais integrada, eficiente e com elevado nível de inteligência.

O software de gestão logística beneficia das inovações tecnológicas que têm marcado o mundo do software nos últimos anos. Dashboards de métricas em tempo real, predição e algoritmos para planeamento de necessidades futuras e para apoio à decisão são alguns dos componentes inovadores destas soluções.

De destacar ainda que muitas das soluções de logística evoluíram das versões iniciais e apresentam-se agora em modelos SaaS (software as a service) e/ou web-based, o que permite que toda (ou parte) da gestão possa ser feita a partir de qualquer lugar, a qualquer hora, aumentando a produtividade da organização.

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